
Depressão em idosos
A depressão é uma maldição humana, maior responsável por incapacitação física que qualquer outra condição. Acomete 350 milhões de pessoas globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e tende a durar muitos anos.
A depressão é multifatorial, mas acredita-se que os fatores genéticos, sejam responsáveis por 36% dos casos.
Está em nono lugar em mortalidade na população geral, mas é a segunda causa de óbito entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos, sendo registrados 800 mil suicídios anualmente segundo a Organização Panamericana de Saúde.
No entanto, a depressão não é amplamente diagnosticada e tratada. As razões para isso são a estigmatização da doença e a falta de estrutura para o atendimento do paciente com distúrbios psiquiátricos. Quase metade da população mundial tem apenas dois psiquiatras por 100.000 habitantes. No Brasil são 5 psiquiatras por 100.000 habitantes e a rede pública é insuficiente para o atendimento do paciente portador dessa patologia
Dados da OMS relatam que no Brasil quase 6% da população experimenta um episódio depressivo maior em algum momento da vida. O diagnóstico de depressão é feito quando a pessoa relata sintomas que duram pelo menos duas semanas e se caracterizam por tristeza aparente refletida na fala, na expressão facial e na postura ou relatos de humor deprimido independente de sua aparência.
Essas pessoas descrevem uma sensação de estarem além de qualquer ajuda, sentem um desconforto mal definido, nervosismo, tensão mental que pode progredir para pânico, medo ou angústia. Relatam redução no sono e apetite e dificuldade em organizar seus pensamentos chegando a uma falta de concentração incapacitante e lentidão para iniciar e realizar atividades cotidianas.
O quadro pode progredir para um desinteresse pelo ambiente e por atividades que normalmente dariam prazer, além de pensamentos de culpa, inferioridade, autocensura e remorso. Finalmente os mais graves, os pensamentos suicidas.
Os idosos continuam a ter uma taxa de suicídio maior, quase 40 por 100.000, comparado com 14 por 100.000 na população geral. Mas recentemente tem-se observado um aumento do número de suicídio entre os jovens.