
Tipos de Diversidade Comunitária Bacteriana (Microbiotas vaginais)
Predominância de Lactobacilos crispatus
A prevalência de L. crispatus foi de 64,5% em mulheres de um grande estudo, com papel dominante em 26,2% das amostras estudadas. Esta microbiota é considerada de total saúde vaginal geral, ela é mais protetora decorrente da maior produção de ácido láctico, bacteriocinas e mediadores anti-inflamatórios. Melhor saúde reprodutiva, menor risco de infecções do trato urinário, menor risco de vaginose bacteriana e menor risco de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HPV e HIV. O Lactobacilos crispatus propicia um pH tão baixo que se torna inibitório para muitos outros micróbios invasores, conferindo assim um papel protetor. Além do ácido láctico, os lactobacilos também geram bacteriocinas, que são compostos proteicos bactericidas, obtido pelo aumento da permeabilidade da membrana celular alvo. O peróxido de hidrogênio, H2O2, é outro fator defensivo produzido por Lactobacillus. Tem sido demonstrado por muitos estudos que L. crispatus tem uma forte associação com a eliminação de Gardenella, exibindo um microbioma bastante estável e da mesma maneira vírus patogênicos têm sido inversamente relacionados à presença de Lactobacillus crispatus na vagina.
Alonzo Martinez, M. C., Cazorla, E., Canovas, E., Martinez-Blanch, J. F., Chenoll, E., Climent, E., et al. (2021). Study of the Vaginal Microbiota in Healthy Women of Reproductive Age. Microorganisms 9 (5):1069. doi: 10.3390/microorganisms9051069
Chaban, B., Links, M. G., Jayaprakash, T. P., Wagner, E. C., Bourque, D. K., Lohn, Z., et al. (2014). Characterization of the Vaginal Microbiota of Healthy Canadian Women Through the Menstrual Cycle. Microbiome 2, 23. doi: 10.1186/2049-2618-2-23
Verstraelen H, Verhelst R, Claeys G, De Backer E, Temmerman M, Vaneechoutte M. Longitudinal analysis of the vaginal microflora in pregnancy suggests that L. crispatus promotes the stability of the normal vaginal microflora and that L. gasseri and/or L. iners are more conducive to the occurrence of abnormal vaginal microflora. BMC Microbiol. (2009) 9:116. doi: 10.1186/1471-2180-9-116
Chee, W. J. Y., Chew, S. Y., Than, L. T. L. (2020). Vaginal Microbiota and the Potential of Lactobacillus Derivatives in Maintaining Vaginal Health. Microb. Cell Fact. 19 (1), 203. doi: 10.1186/s12934-020-01464-4
Witkin, S. S., Moron, A. F., Linhares, I. M., Forney, L. J. (2021). Influence of Lactobacillus Crispatus, Lactobacillus Iners and Gardnerella Vaginalis on Bacterial Vaginal Composition in Pregnant Women. Arch. Gynecol. Obstet. 304 (2), 395–400. doi: 10.1007/s00404-021-05978-z
Predominância de Lactobacilos gasseri
A prevalência de L. gasseri foi de 42,9% em mulheres de um grande estudo, com papel dominante em 6,3% das amostras estudadas. Este também é um microbioma vaginal estável, no entanto, não é tão ácido como no tipo I porque o lactobacilo dominante não produz tanto ácido lático quanto o L Crispatus, mas ainda mostra importância clínica na promoção de uma vagina saudável. Pessoas com essa classificação têm um risco reduzido de desenvolver vaginose bacteriana, infecção do trato urinário e infecções sexualmente transmissíveis. À medida que as mulheres entram na Pré-menopausa, a composição da comunidade de bactérias vaginais muda. Esta alteração é devido a menos estrogênio no corpo e quando essas necessidades mudam, o L gasseri avança para garantir um ambiente saudável. É por isso que muitas mulheres na Pré-menopausa têm uma classificação tipo II.
Chen, X., Lu, Y., Chen, T., Li, R. (2021). The Female Vaginal Microbiome in Health and Bacterial Vaginosis. Front. Cell Infect. Microbiol. 11, 631972. doi: 10.3389/fcimb.2021.631972
Verstraelen H, Verhelst R, Claeys G, De Backer E, Temmerman M, Vaneechoutte M. Longitudinal analysis of the vaginal microflora in pregnancy suggests that L. crispatus promotes the stability of the normal vaginal microflora and that L. gasseri and/or L. iners are more conducive to the occurrence of abnormal vaginal microflora. BMC Microbiol. (2009) 9:116. doi: 10.1186/1471-2180-9-116
Predominância de Lactobacilos iners
Este microbiota vaginal ainda é considerado saudável. A prevalência de L. iners foi de 83,5% em mulheres de um grande estudo (considerada então o lactobacilos mais predominante), mas com papel dominante em 34% das amostras estudadas. Embora sejamos fãs de lactobacilos vaginais, uma categorização tipo III não é tão ideal quanto tipo I e muitos consideram-no um microbioma vaginal instável e frequentemente associado à disbiose. Estas pacientes podem ter alta diversidade microbiana quando o objetivo de uma vagina humana saudável é ter a menor diversidade bacteriana possível, ou seja, quando outros microrganismos passam a residir, há mais propensão a patógenos oportunistas entrarem no sistema ocorrendo inflamação e outras respostas imunes. O L. iners não produz H2O2, lançando dúvidas sobre o significado dessa molécula. Uma pessoa com classificação tipo III corre risco de infecção por HPV, displasia cervical e infecções do trato urinário. Verificou-se que L. iners coexiste com Gardenella, fornecendo um microbioma menos estável e podendo estar implicado em trabalho de parto prematuro.
Borgdorff, H., Armstrong, S. D., Tytgat, H. L., Xia, D., Ndayisaba, G. F., Wastling, J. M., et al. (2016). Unique Insights in the Cervicovaginal Lactobacillus Iners and L. Crispatus Proteomes and Their Associations With Microbiota Dysbiosis. PloS One 11 (3), e0150767. doi: 10.1371/journal.pone.0150767
Vaneechoutte, M. (2017). Lactobacillus Iners, the Unusual Suspect. Res. Microbiol. 168 (9-10), 826–836. doi: 10.1016/j.resmic.2017.09.003
De Backer, E., Verhelst, R., Verstraelen, H., Alqumber, M. A., Burton, J. P., Tagg, J. R., et al. (2007). Quantitative Determination by Real-Time PCR of Four Vaginal Lactobacillus Species, Gardnerella Vaginalis and Atopobium Vaginae Indicates an Inverse Relationship Between L. Gasseri and L. Iners. BMC Microbiol. 7, 115. doi: 10.1186/1471-2180-7-115
Verstraelen H, Verhelst R, Claeys G, De Backer E, Temmerman M, Vaneechoutte M. Longitudinal analysis of the vaginal microflora in pregnancy suggests that L. crispatus promotes the stability of the normal vaginal microflora and that L. gasseri and/or L. iners are more conducive to the occurrence of abnormal vaginal microflora. BMC Microbiol. (2009) 9:116. doi: 10.1186/1471-2180-9-116
Jacques Ravel , Pawel Gajer, Zaid Abdo, G Maria Schneider, Sara S K Koenig, Stacey L McCulle, Shara Karlebach, Reshma Gorle, Jennifer Russell, Carol O Tacket, Rebecca M Brotman, Catherine C Davis, Kevin Ault, Ligia Peralta, Larry J Forney Vaginal microbiome of reproductive-age women PMID: 20534435 PMCID: PMC3063603 DOI: 10.1073/pnas.1002611107
Zheng, N., Guo, R., Yao, Y., Jin, M., Cheng, Y., Ling, Z. (2019). Lactobacillus Iners Is Associated with Vaginal Dysbiosis in Healthy Pregnant Women: A Preliminary Study. BioMed. Res. Int. 2019, 6079734. doi: 10.1155/2019/6079734
Flora Polimicrobiana
Este tipo pode indicar um desequilíbrio bacteriano vaginal indicando alta diversidade de espécies. Pior ainda, os níveis de espécies de lactobacilos são baixos com favorecimento de crescimento de bactérias nocivas.
As mulheres mais suscetíveis ao tipo IV são pós-menopáusicas. Também é observada uma maior incidência em mulheres negras e hispânicas e curiosamente 25% delas não apresentam sintomatologia. Na menopausa, com a queda dos níveis de estrogênio, decresce sensivelmente o acúmulo de glicogênio nas células da mucosa vaginal, essencial para o metabolismo dos lactobacilos. Com a diminuição de lactobacilos cai consideravelmente a produção protetora de acido lático criando um campo aberto suscetível ao supercrescimento patogênico. Além do pH, outros fatores como gravidez, menstruação, disbiose, uso de contraceptivos orais, lubrificantes, antibióticos e duchas higiênicas também desempenham um papel na sustentabilidade dessas comunidades microbianas.
Existem milhares de bactérias conhecidas no microbiomas todas lutando pela sobrevivência. Para bactérias específicas sobreviverem, elas devem encontrar outras bactérias nas quais coexistam. Grupos de bactérias que vivem juntos são conhecidos como bactérias comensais. Para a saúde vaginal, a diversidade não é benéfica. Para patógenos oportunistas, trata-se de uma situação privilegiada onde várias espécies estão em cooperação para competir contra um espectro de lactobacilos vaginais.
Parece haver comunidades específicas de bactérias comensais que podem ajudar a criar um ambiente que diminui os níveis de Lactobacilos. Essas comunidades estabeleceram dois grupos de comunidade tipo IV designadas como tipo IV-A com altos níveis de Anaerococcus, Peptoniphilus, Prevotella e Streptococcus e tipo IV-B com altos níveis de Atopobium vaginae, Megasphaera e outros. Não é incomum que ambos os grupos tenham níveis elevados de Gardnerella Vaginalis. Este patógeno oportunista é extremamente perigoso para a saúde da mulher pois essas bactérias criam um biofilme que promove a resistência a antibióticos e pode levar a infecções vaginais recorrentes.
Resumidamente as portadoras de tipo IV correm um risco aumentado de vaginose bacteriana, maior risco de HIV e está correlacionado com alto risco de transmissão e aquisição de infecções sexualmente transmissíveis. Elas também podem encontrar problemas de gravidez, incluindo parto prematuro.
Bautista, C. T., Wurapa, E., Sateren, W. B., Morris, S., Hollingsworth, B., Sanchez, J. L. (2016). Bacterial Vaginosis: A Synthesis of the Literature on Etiology, Prevalence, Risk Factors, and Relationship with Chlamydia and Gonorrhea Infections. Mil. Med. Res. 3, 4. doi: 10.1186/s40779-016-0074-5
Wells, J. S., Chandler, R., Dunn, A., Brewster, G. (2020). The Vaginal Microbiome in U.S. Black Women: A Systematic Review. J. Womens Health (Larchmt) 29 (3), 362–375. doi: 10.1089/jwh.2019.7717
Bradshaw, C. S., Morton, A. N., Hocking, J., Garland, S. M., Morris, M. B., Moss, L. M., et al. (2006). High Recurrence Rates of Bacterial Vaginosis Over the Course of 12 Months After Oral Metronidazole Therapy and Factors Associated With Recurrence. J. Infect. Dis. 193 (11), 1478–1486. doi: 10.1086/503780
Campisciano, G., Iebba, V., Zito, G., Luppi, S., Martinelli, M., Fischer, L., et al. (2020). Lactobacillus Iners and Gasseri, Prevotella Bivia and HPV Belong to the Microbiological Signature Negatively Affecting Human Reproduction. Microorganisms 9 (1):39. doi: 10.3390/microorganisms9010039
Differences in the Composition of Vaginal Microbial Communities Found in Healthy Caucasian and Black Women. (2019). Available online at: https:// pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18043622- differences- in- the- composition- of- vaginal- microbial- communities- found- in- healthy- caucasian- and- black- women/.
Castro, J., Henriques, A., Machado, A., Henriques, M., Jefferson, K. K., Cerca, N. (2013). Reciprocal Interference Between Lactobacillus Spp. And Gardnerella Vaginalis on Initial Adherence to Epithelial Cells. Int. J. Med. Sci. 10 (9), 1193–1198. doi: 10.7150/ijms.6304
Costerton, J. W., Stewart, P. S., Greenberg, E. P. (1999). Bacterial Biofilms: A Common Cause of Persistent Infections. Science 284 (5418), 1318–1322. doi: 10.1126/science.284.5418.1318
Vaginal Microbiome of Reproductive-Age Women. (2019). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20534435-vaginal-microbiome-of-reproductive-age-women/
Predominância Lactobacillus jensenii
A prevalência de L jensenii foi de 48,2% em mulheres de um grande estudo, com papel dominante em 5,3% das amostras estudadas. Este tipo de comunidade vaginal não é o menos importante, é apenas raro. Lactobacillus jensenii produz uma quantidade adequada de ácido láctico tornando difícil para bactérias patogênicas penetrar no sistema em sua presença.
As mulheres com classificação tipo V tendem a estar na peri e pós-menopausa. Elas terão um risco menor de desenvolver vaginose bacteriana, doenças sexualmente transmissíveis ou infecções do trato urinário recorrentes.
Nengneng Zhen et al Contribution of Lactobacillus iners to Vaginal Health and Diseases: A Systematic Review, Front. Cell. Infect. Microbiol., 22 November 2021 Sec. Biofilms Volume 11 – 2021 https://doi.org/10.3389/fcimb.2021.792787
Tipo Gestante (Diversidade bacteriana encontrada em Gestante)
Muitos estudos da composição taxonômica do microbioma humano revelaram que “Lactobacillus” é o membro mais dominante da flora vaginal na maioria das mulheres grávidas e na faixa etária reprodutiva saudável. A microbiota da vagina grávida é menos rica e menos diversa em comparação com a vagina não grávida, e há uma predominância de espécies de Lactobacillus. A etiologia ainda não está bem estabelecida, mas tem sido aliada aos níveis de hormônios sexuais, com o estrogênio aumentando a espessura da mucosa vaginal, aumentando assim a deposição de glicogênio. Observou-se que não importa com qual microbioma complexo ou simples a gravidez foi iniciada, ela eventualmente converge para o microbioma predominantemente bem estabelecido de lactobacilos no segundo trimestre.
Um total de cinco tipos de estado de comunidade foram descritos, dos quais quatro são dominados por Lactobacillus enquanto o quinto por espécies anaeróbicas facultativas ou estritas. Uma variação entre a estabilidade da espécie e a idade gestacional também foi revelada. Estudos divulgaram uma estabilidade significativamente maior da microbiota vaginal nos estágios iniciais da gravidez e o mesmo aumentou posteriormente. A variação interespécies e raciais mostrou que as mulheres pertencentes à raça branca, asiática e caucasiana abrigam mais a flora anaeróbica. O microbioma vaginal na gravidez desempenha um papel significativo no parto prematuro e espontâneo. Este microbioma rico em Lactobacillus cai tremendamente, tornando-se mais diversificado no período pós-parto.
Parakriti Gupta , Mini P Singh 1, Kapil Goya (2020) Diversity of Vaginal Microbiome in Pregnancy: Deciphering the Obscurity Front Public Health. 2020 Jul 24;8:326. doi: 10.3389/fpubh. 2020.00326. eCollection 2020.
Verstraelen, H., Verhelst, R., Claeys, G., De Backer, E., Temmerman, M., Vaneechoutte, M. (2009). Longitudinal Analysis of the Vaginal Microflora in Pregnancy Suggests That L. Crispatus Promotes the Stability of the Normal Vaginal Microflora and That L. Gasseri and/or L. Iners are More Conducive to the Occurrence of Abnormal Vaginal Microflora. BMC Microbiol. 9, 116. doi: 10.1186/1471-2180-9-116
Dominguez-Bello MG. Gestational shaping of the maternal vaginal microbiome. Nat Med. (2019) 25:882–3. doi: 10.1038/s41591-019-0483-6
Aagaard K, Riehle K, Ma J, Segata N, Mistretta T-A, et al. (2012) A Metagenomic Approach to Characterization of the Vaginal Microbiome Signature in Pregnancy. PLoS ONE 7(6): e36466. doi:10.1371/journal.pone.0036466
Lloyd-Price J, Abu-Ali G, Huttenhower C The healthy human microbiome Genome Med. (2016) 8:51\10.1186/s13073-016-0307-y
Subramaniam, A., Kumar, R., Cliver, S. P., Zhi, D., Szychowski, J. M., Abramovici, A., et al. (2016). Vaginal Microbiota in Pregnancy: Evaluation Based on Vaginal Flora, Birth Outcome, and Race. Am. J. Perinatol. 33 (4), 401–408. doi: 10.1055/s-0035-1565919
Tipo Bifidobacterium
Tipo incomum de comunidade bacteriana com perfil dominado por Bifidobacterium em cerca de 5% de mulheres saudáveis em idade reprodutiva. São bactérias gram-positivas conhecidas por colonizar a vagina humana, a cavidade oral, leite mamário e, mais abundantemente, o trato gastrointestinal onde representam cerca de 10% da microbiota intestinal adulta.
Além disso, as bifidobactérias vaginais produzem ácido lático e peróxido de hidrogênio. Há várias espécies de bifidobactérias as mais conhecidas B. bifidum, B. brevis, B. infantis, B. lactis, B. longum. A abundância de Bifidobacterium na microbiota vaginal também pode ser subestimada devido à semelhança de suas sequências de 16S rRNA com as de Gardnerella vaginalis. G. vaginalis faz parte da família Bifidobacteriaceae e é um microrganismo comumente detectado. As bifidobactérias fornecem proteção contra patógenos no trato gastrointestinal por meio da produção de bacteriocinas que exibem atividade antimicrobiana contra microrganismos patogênicos como Listeria monocytogenes, Clostridium perfringens e Escherichia coli, promovem a inibição da adesão de patógenos e agem na modulação do sistema imunológico. Na vagina humana tem ações semelhantes e o ácido lático é regularmente produzido por isolados vaginais, como classicamente as cepas de Bifidobactéria longum, mas apenas 32% desses isolados produzem peróxido de hidrogênio.
Turroni F, Ribbera A, Foroni E, van Sinderen D, Ventura M. Human gut microbiota and bifidobacteria: from composition to functionality. Antonie Van Leeuwenhoek. 2008;94(1):35–50. doi: 10.1007/s10482-008-9232-4
Arboleya S, Watkins C, Stanton C, Ross RP. Gut Bifidobacteria populations in human health and aging. Frontiers Microbiol. 2016;7:1204.
Gomez-Gallego C, Garcia-Mantrana I, Salminen S, Collado MC. The human milk microbiome and factors influencing its composition and activity. Semin Fetal Neonatal Med. 2016;21(6):400–5. doi: 10.1016/j.siny.2016.05.003
Fanning S, Hall LJ, Cronin M, Zomer A, MacSharry J, Goulding D, et al. Bifidobacterial surface-exopolysaccharide facilitates commensal-host interaction through immune modulation and pathogen protection. Proc Natl Acad Sci U S A. 2012;109(6):2108–13. doi: 10.1073/pnas.1115621109
Martinez FA, Balciunas EM, Converti A, Cotter PD, de Souza Oliveira RP. Bacteriocin production by Bifidobacterium spp. A review. Biotchnol Adv. 2013;31(4):482–8.
Turroni F, Peano C, Pass DA, Foroni E, Severgnini M, Claesson MJ, et al. Diversity of bifidobacteria within the infant gut microbiota. PLoS ONE. 2012;7(5):e36957 doi: 10.1371/journal.pone.0036957
Freitas AC, Hill JE. Quantification, isolation and characterization of Bifidobacterium from the vaginal microbiomes of reproductive aged women. Anaerobe. 2017;47:145–56. doi: 10.1016/j.anaerobe.2017.05.012