Microbioma vaginal
O microbioma vaginal refere-se ao conjunto de microrganismos, incluindo bactérias e fungos, presentes na vagina, assim como seus genomas e as condições ambientais que os influenciam (pH vaginal, biofilme, peróxido de hidrogênio, acido lático, bacteriocinas, biosurfactantes, etc.).
É composta por milhões de microrganismos. Em equilíbrio, estes microrganismos promovem saúde vaginal.
Em desequilíbrio (disbiose), geram vaginose que facilita a infecção por microrganismos clinicamente relevantes como bactérias, vírus e fungos.
Os microrganismos presentes na vagina, chamados coletivamente de comunidade microbiana vaginal (CMV) são específicos tanto em sua composição quanto em sua função.
O exame Microbioma Vaginal
Este exame usa metodologia molecular de NGS (Sequenciamento de Nova Geração) para identificar e quantificar não somente bactérias como também vírus e fungos que eventualmente estejam presentes na microbiota. Empregando a tecnologia avançada de sequenciamento de alto rendimento (NGS) do 16S rRNA (um segmento conservado do DNA bacteriano e único para cada bactéria), pode-se sondar a diversidade de micróbios presentes no conteúdo vaginal. Esta abordagem permite a taxonomia da microbiota vaginal e revela detalhes como a riqueza, abundância e distribuição de espécies microbianas.
O que é microbioma vaginal?
O microbioma vaginal é a comunidade de microrganismos vivos — principalmente bactérias — que vivem naturalmente na vagina. Geralmente, essas bactérias são benéficas e trabalham para manter a vagina saudável, mantendo um ambiente ligeiramente ácido (pH<5,0), o que auxilia na prevenção de infecções. As bactérias benéficas mais comuns pertencem ao gênero Lactobacillus (principalmente L. crispatus, L. gasseri e L. jensenii) e elas protegem contra microrganismos nocivos, produzindo substâncias como o ácido lático. Quando o equilíbrio entre essas bactérias boas e ruins é interrompido, pode levar a problemas como infecções, corrimento anormal ou irritação. Portanto, o microbioma vaginal é como um sistema de defesa natural que ajuda a manter tudo em equilíbrio.
O que é microbioma vaginal em disbiose?
Um microbioma vaginal em disbiose é uma condição em que o equilíbrio normal de bactérias na vagina é interrompido. Em um estado saudável, a vagina geralmente é dominada por bactérias benéficas — especialmente espécies de Lactobacillus — que ajudam a manter um pH baixo (<5,0) e protegem contra infecções. Na disbiose, essas bactérias protetoras diminuem e micróbios invasores ou menos benéficos (como Gardnerella vaginalis, Atopobium vaginae ou Candida) aumentam.
Esse desequilíbrio pode levar a ou estar associado a:
- Vaginose bacteriana frequentemente caracterizada por odor de peixe, corrimento ou desconforto.
- Infecções fúngicas caracterizadas pelo crescimento excessivo de espécies de Candida.
- Aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo HIV, HPV e clamídia.
- Problemas reprodutivos como infertilidade, parto prematuro ou aborto espontâneo em alguns casos.
- Inflamação ou irritação crônica mesmo quando as infecções não são detectadas.
Algumas pessoas não apresentam sintomas, mas ainda mostram sinais de disbiose nos testes de microbioma, o que pode ser importante para fertilidade ou infecções recorrentes.
Que exame devo realizar para caracterizar meu microbioma vaginal?
A caracterização do microbioma vaginal é complexa e deve ser solicitada por um médico ginecologista capaz de interpretar o resultado e oferecer o tratamento mais adequado, quando necessário. Veja a seguir o que fazer:
Etapa 1: Agendar uma consulta com um ginecologista ou especialista em saúde da mulher.
Etapa 2: O médico coletará uma amostra de swab vaginal durante um exame pélvico.
Etapa 3: A amostra é enviada a um laboratório para sequenciamento de rRNA 16S.
Etapa 4: É gerado um relatório mostrando os tipos e as quantidades relativas de bactérias em sua vagina e se o microbioma está em equilíbrio ou desequilíbrio.
Microbioma vaginal em disbiose tem sintomas clínicos?
Sim, mas algumas pessoas com disbiose vaginal podem não apresentar sintomas, especialmente nos estágios iniciais. Ainda assim, estas pessoas vão apresentar desequilíbrios microbianos nos exames.
Os sintomas comuns da disbiose vaginal podem variar dependendo do desequilíbrio subjacente (como vaginose bacteriana ou supercrescimento de leveduras), mas frequentemente incluem:
Sintomas típicos da disbiose vaginal:
- Corrimento vaginal incomum – Frequentemente acinzentado, branco ou amarelado; pode ser ralo ou aquoso na vaginose bacteriana, ou espesso em infecções fúngicas.
- Odor fétido ou de peixe – Comum na vaginose bacteriana, especialmente após o sexo.
- Prurido ou irritação – Especialmente com supercrescimento de leveduras; pode ser leve a intenso.
- Sensação de queimação – Freqüentemente ao urinar ou ao redor da abertura vaginal.
- Secura vaginal – Pode ocorrer com níveis baixos de estrogênio ou microbiota alterada.
- Dor durante o sexo (dispareunia) – Causada por inflamação ou secura vaginal.
- Infecções frequentes – vaginose bacteriana recorrente, infecções fúngicas ou infecções do trato urinário recidivantes podem sugerir disbiose persistente.
Como corrigir um microbioma vaginal em disbiose?
Corrigir um microbioma vaginal disbiótico, ou seja, um desequilíbrio nas bactérias saudáveis, geralmente envolve uma combinação de tratamentos e ajustes no estilo de vida, dependendo da causa e da gravidade. Aqui estão as abordagens mais comuns:
Probióticos
- Probióticos orais ou vaginais (especialmente aqueles que contêm espécies de Lactobacillus) podem ajudar a restaurar bactérias saudáveis.
- Procure cepas como L. crispatus ou L. rhamnosus , que são conhecidos por promover a saúde vaginal.
Antibióticos (se necessário)
- Se for diagnosticada vaginose bacteriana ou outra infecção, seu médico poderá prescrever antibióticos como metronidazol ou clindamicina.
- Estes podem ser seguidos por probióticos para prevenir a recorrência.
Evitar Hábitos Disruptivos
- Evite duchas vaginais, sabonetes agressivos ou produtos perfumados na área vaginal, pois podem desregular o microbioma natural.
- Use produtos de limpeza suaves e com pH balanceado, se necessário.
Controle dos Hormônios
- Alterações hormonais (devido à menopausa, métodos contraceptivos ou gravidez) podem afetar o microbioma. Em alguns casos, a terapia hormonal ou a troca de anticoncepcionais podem ajudar, sob orientação médica.
Estilo de Vida Saudável
- Uma dieta balanceada, hidratação, controle do estresse e sono regular contribuem para a saúde imunológica e do microbioma.
- Dietas ricas em fibras e alimentos fermentados podem beneficiar indiretamente o microbioma vaginal por meio da interação microbiana intestino-vagina.
Devo realizar um novo exame após o tratamento?
Sim, geralmente é uma boa ideia repetir o exame do microbioma vaginal após o tratamento, especialmente se:
- Você teve sintomas (como corrimento ou odor) e deseja confirmar que eles desapareceram em nível microbiótico.
- Você foi tratada para vaginose bacteriana, infecções fúngicas recorrentes ou teve problemas de fertilidade relacionados ao desequilíbrio do microbioma.
- Você usou antibióticos ou probióticos e deseja verificar se seus níveis de Lactobacillus se recuperaram.
- Você teve infecções recorrentes e precisa confirmar que a disbiose não retornou.
Refazer o teste de 2 a 4 semanas após o tratamento é frequentemente recomendado para verificar se o ambiente vaginal se normalizou.
O microbioma vaginal refere-se ao conjunto de genomas de microrganismos, incluindo bactérias e fungos, presentes na vagina, juntamente com as condições ambientais que os influenciam. A flora vaginal, conhecida como Comunidade Microbiana Vaginal (CMV), é específica tanto em composição quanto em função, e sua análise avalia o equilíbrio de microrganismos nesse ambiente.
Médicos pedem exames para determinadas bactérias ou mesmo HPV em consultas de rotina. Qual a diferença entre estes exames e o Microbioma Vaginal?
O teste de avaliação da CMV utiliza a metodologia molecular NGS (Next Generation Sequencing), que permite a identificação e quantificação simultaneamente de centenas de bactérias por meio do sequenciamento do gene 16S rRNA. Este exame não inclui a pesquisa de HPV, mas a Encodexa™ utiliza simultaneamente a tecnologia RT-PCR para incluir o rastreio do vírus HPV em testes de microbioma e, quando presente, processa automaticamente sua genotipagem para desvendar qual seu subtipo, e se é de alto ou baixo risco.
Enquanto a análise do microbioma vaginal fornece uma ampla visão geral da diversidade microbiana e da saúde do ecossistema, a PCR concentra-se especificamente na detecção de alguns organismos causadores de doenças conhecidas, com alta sensibilidade e especificidade. Um teste não substitui o outro – assim, os testes de rotina usando a metodologia de PCR, embora limitados a um grupo conhecido de patógenos (HPV, clamídia e outras ISTs), têm um tempo de resposta mais curto, o que permite ao médico intervir mais cedo.
Onde posso fazer o exame de Microbioma Vaginal?
Consulte seu médico sobre a possibilidade de fazer este teste. A coleta deve vir acompanhada de informações clínicas e dosagem de pH para orientar nossos técnicos na análise dos dados.
Existe a possibilidade de você não ter um médico ginecologista que faça seus exames periodicamente. Neste caso, notifique-nos pelo whatsApp (11) 9 7099-3118 perguntando “Sou da cidade [ cite a cidade ] e quero discutir se sou eletiva para fazer o Microbioma Vaginal. Poderiam enviar uma lista de médicos na minha área que prescrevem o exame Microbioma Vaginal?” Você receberá uma lista de médicos na sua região para escolher o que for mais conveniente.
Como fazer pagamentos dos exames Encodexa™?
Algumas clínicas podem ter preços especiais, e sugerimos que você pergunte à secretária administrativa do consultório onde está sendo atendido se o(s) exame(s) solicitado(s) é(são) pago(s) como um pacote durante a sua consulta.
Caso contrário, você receberá um formulário com um código de ativação composto por uma letra seguida de 10 dígitos. Clique no link indicado no formulário e insira o código. Preencha as informações solicitadas para o seu cadastro e, em seguida, você será direcionado para uma página bancária para efetuar o pagamento. Isso pode ser feito por PIX ou cartão de crédito. Se optar por esta última opção, poderá parcelar em até 10 vezes sem custos adicionais.
Alguns exames com tecnologias avançadas não são cobertos pela maioria dos planos de saúde, pois não estão no rol da ANS. Lembre-se de que estes exames podem esclarecer com precisão o seu problema de saúde e permitir uma decisão terapêutica mais específica e exclusiva. Seu plano de saúde certamente cobrirá o tratamento mais específico.