
Suscetibilidade ao Câncer de Próstata
A suscetibilidade ao câncer de próstata é influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, hormonais e de estilo de vida.
Aqui está uma visão geral estruturada:
O fator genético está bastante ligado à suscetibilidade ao câncer de próstata hereditário (HPC), que representa cerca de 5 a 10% dos casos. O histórico familiar (especialmente em parentes de primeiro grau) aumenta significativamente o risco. Assim, portadores da mutação BRCA2 apresentam um risco de 2 a 6 vezes maior e frequentemente desenvolvem doença mais agressiva. O BRCA1 está associado a um risco modestamente aumentado. Outra alteração observada é a mutação do gene HOXB13 (variante G84E) que é fortemente associada ao câncer de próstata de início precoce.
O polimorfismo de nucleotídeo único – SNP (pronuncia-se isnipe) mostra múltiplas variantes comuns identificadas por meio de estudos de associação genômica ampla (GWAS), conferindo risco individual modesto.
Homens de ascendência africana apresentam risco e taxas de mortalidade significativamente maiores. Por outro lado, homens de ascendência asiática mostram menores taxas de incidência e mortalidade em comparação com populações ocidentais.
Os andrógenos (Testosterona e DHT) são essenciais para o desenvolvimento e manutenção da próstata, porém níveis ou sensibilidade androgênica aumentados podem contribuir para a tumorigênese. Assim, é observado que polimorfismos do gene do receptor de andrógeno (AR) podem influenciar a suscetibilidade e a progressão.
Como em outros tumores, o estilo de vida e fatores ambientais interferem na incidência de câncer de próstata. O alto consumo de carne vermelha, laticínios ricos em gordura e cálcio pode aumentar o risco; dietas ricas em frutas, vegetais e licopeno (por exemplo, tomates) podem ser protetoras.
A obesidade está associada a um maior risco de câncer de próstata agressivo, assim como o tabagismo e a ingestão de álcool, com evidências mistas, mas podem contribuir para o risco geral de câncer.
O risco aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos. A maioria dos cânceres de próstata é diagnosticada em homens com mais de 65 anos.
Prostatite crônica ou infecções sexualmente transmissíveis podem promover a carcinogênese por meio de inflamação persistente.
Rastreamento e Detecção – o teste de PSA (antígeno prostático específico) afeta as taxas de incidência aparentes e a detecção precoce, mas pode não refletir a suscetibilidade subjacente.
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Referências
Eeles, R. A., et al. (2014). Nature Reviews Cancer, 14(6), 389–398. DOI: 10.1038/nrc3694
Schumacher, F. R., et al. (2018) Nature Genetics, 50(7), 928–936.
DOI: 10.1038/s41588-018-0142-8