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Microbioma vaginal

Câncer de ovário e microbioma vaginal: uma relação complexa

Estudos recentes mostram que mulheres que desenvolvem o câncer de ovário antes dos 50 anos possuem uma flora vaginal diferente da habitual, ou seja,  com menor quantidade de Lactobacilos. Vamos ler mais sobre microbioma vaginal. 

Da mesma maneira mulheres com mutações no gene BRCA1, mesmo sem a manifestação do câncer, exibem o mesmo microbioma vaginal pobre em lactobacilos.  

Como apenas cerca de 10% das mulheres com câncer de ovário apresentam mutação gênica está claro que outros fatores devem afetar o risco de desenvolvimento da doença.

Este fato levou à investigação questionando o papel do microbioma como causa ou efeito do câncer de ovário. 

Os lactobacilos na vagina mantêm um ambiente protetor, inóspito e ácido que desencoraja o crescimento de bactérias, leveduras e vírus.

Eles fazem isso alimentando-se de um carboidrato produzido pelas células da vagina chamado glicogênio que é convertido em ácido lático, diminuindo o pH vaginal.  

Também foi observado que níveis anormalmente baixos de lactobacilos podem interferir nos processos imunológicos, levar à vaginose bacteriana que é uma inflamação causada por supercrescimento bacteriano, doenças inflamatórias pélvicas, parto prematuro e até câncer de colo uterino provocado pelo HPV.  

Lactobacilos têm sido associados à boa saúde, mas algumas espécies são mais benéficas do que outras.

Por exemplo, mulheres com vagina predominantemente colonizada por Lactobacilos crispatus têm um risco cinco vezes menor de desenvolver vaginose bacteriana do que aquelas com outras espécies.  

Em resumo não se sabe como a mutação de BRCA1 ou o câncer de ovário relacionado ou não a mutação gênica, afetam o microbioma vaginal.  

Futuras pesquisas são necessárias para a determinação do efeito causal do microbioma. Parafraseando os cientistas, ainda não se sabe quem é o motorista e o passageiro.

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